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Filme 'We Are Legion' mostra quem são os ativistas do grupo hacker Anonymous

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Filme 'We Are Legion' mostra quem são os ativistas do grupo hacker Anonymous Empty Filme 'We Are Legion' mostra quem são os ativistas do grupo hacker Anonymous

Mensagem por Heaven ♪ Qui Abr 05, 2012 8:30 pm

Nem mocinhos nem bandidos. E, sim, ativistas políticos. É como os
integrantes do grupo Anonymous são retratados no documentário inédito
americano "We Are Legion - The Story of the Hacktivists" (nós somos
legião - a história dos hackers ativistas).



São homens e mulheres que, desde 2008, têm tirado do ar sites de grandes
empresas e de órgãos de governo. Fizeram fama na internet por isso e
são alvo de processos judiciais pelo mesmo motivo.



'WE ARE LEGION': QUEM SÃO OS ANONYMOUS
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Segundo Brian Knappenberger, diretor do filme, alguns pontos unem esses
ativistas: são descentralizados, bagunçados e, principalmente, querem
levar a desobediência civil para a era digital.



"É um dos fenômenos culturais mais interessantes da história recente",
diz Knappenberger sobre a bandeira do ciberativismo erguida por membros
do Anonymous.



O filme acaba de sair do forno: foi exibido pela primeira vez em
janeiro, no festival Slamdance, em Park City (EUA), e ainda não tem
estreia prevista no Brasil.



Diversas pessoas associadas ao Anonymous tiraram suas máscaras para
serem entrevistadas. Há os que já passaram pela prisão, os que se dizem
afastados das atividades ilegais e os que revelam só seus nomes de
guerra.



Eles contam histórias de como o grupo foi formado por frequentadores do
4chan, site para livre troca de imagens, e de como muitos membros
investiam em ataques em jogos sociais por pura diversão.





Editoria de Arte/Folhapress
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A mudança de atitude veio em 2008, quando perceberam o poder que tinham
juntos, ao marcarem protestos em frente aos templos da cientologia em
várias cidades do mundo. Cerca de 9.000 pessoas apareceram, para espanto
dos organizadores.



O documentário martela a ideia da desobediência civil on-line ao citar
precursores do ativismo digital, como o Cult of the Dead Cow, grupo dos
EUA formado nos anos 1980.



E, em especial, por meio das conversas com integrantes do Anonymous
presos em julho de 2011 e à espera de julgamento por causa dos ataques
contra PayPal, Visa e MasterCard em 2010, em represália ao corte de
serviços ao site Wikileaks.



Eles podem ser multados em até US$ 250 mil e pegar penas de até 15 anos
de prisão. "É um referendo sobre nosso direito de protestar on-line",
disse o diretor à Folha. "Não que não seja ilegal. Mas a punição deve
ser adequada ao crime."



PACIÊNCIA



Foi com muita paciência que o diretor Brian Knappenberger frequentou
salas de bate-papo usadas pelos integrantes do Anonymous, durante um
ano, tentando ganhar a confiança de alguns para filmar seu documentário
"We Are Legion".



"Quando você fala com gente que esconde a identidade, é um desafio saber
o que está por trás. É preciso calma. Um deles disse que me conhecia, e
até hoje não tenho ideia de quem era", contou o também jornalista de 41
anos, que lidera a produtora Luminant, em Los Angeles, colaboradora dos
canais Discovery Channel e Bloomberg Television.



Entre os que tiram a máscara para falar do grupo está Peter Fein,
associado ao Anonymous e ao grupo Telecomix nas operações contra
governos da Tunísia e do Egito no ano passado, no auge da Primavera
Árabe.



"Já nos chamaram de simpatizantes de terroristas, crianças,
cyberbullies, hooligans. Às vezes esses termos não são totalmente
errados, mas este é, sim, um movimento político sério", afirma Fein
durante o longa.



Mercedes Haefer é a única mulher do Anonymous a dar as caras no filme.
Ela conta como, em 2010, foi tirada de casa às 6h, ainda de pijama, por
agentes do FBI com coletes à prova de bala. O motivo? O ataque ao site
do PayPal.



Agora em liberdade, ela tem participado de audiências para o julgamento,
que deve durar até um ano, segundo seu advogado, Stanley Cohen. "O caso
dela não envolve roubo de identidade, invasão de e-mails, fechamento de
empresas. (...) É um caso puro de manifestação pacífica", afirma.



Outro desmascarado é Brian Mettenbrink, que em 2010 pegou um ano de
prisão e multa de US$ 200 mil pelos ataques on-line da operação contra a
cientologia. "Não me arrependo, foi uma causa nobre", diz Mettenbrink
no filme, ao lado da mãe. "Estava fazendo a diferença. E nem precisava
sair de casa!"



CANHÃO DIGITAL



Ele usou a ferramenta mais comum do Anonymous, o programa Low Orbit Ion
Cannon, que opera coletivamente e de forma bastante simples,
sobrecarregando o site-alvo para tirá-lo do ar.



"É uma arma poderosa, mas existem outras mais sofisticadas. A vasta
maioria dos membros do Anonymous não tem grandes habilidades de hacking,
é uma coisa difícil de aprender", explicou o diretor Knappenberger.



Entre as polêmicas do grupo, está a criação recente de uma versão desse
programa que inicia o ataque sem o usuário saber. Outra prática comum
questionada é a divulgação de informações de internautas, como números
de cartões de crédito, para provar a fragilidade de sistemas.



"Eles fazem isso de forma barulhenta, pública, é uma provocação. É
diferente dos hackers que invadem para roubar e fazem isso
silenciosamente", defende Brian.



Alguns ataques chegaram a reunir 10 mil pessoas, mas só de 200 a 300 costumam frequentar salas de bate-papo em períodos calmos.



"Sem dúvida, o movimento não está enfraquecendo", disse. "Há uma
discussão forte entre eles, brigam muito sobre o que fazer, que tipo de
ataques são apropriados. O Anonymous nunca é unânime."
Heaven ♪
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